JEJUM
- Magno Nobre do Nascimento
- 7 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 31 de out. de 2020

"Então vieram os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias, porém, virão em que o noivo lhes será tirado, e nesses dias jejuarão." Mateus 9:14-15.
É admirável, a maneira como Jesus instruía seus discípulos, nunca impondo suas doutrinas a eles, mas expondo sempre com graça, amor e verdade; deixando para que eles praticassem seus ensinamentos, de forma espontânea e voluntaria; apesar dele ser o Mestre, Senhor e Rei. Exemplo a ser seguido por todos aqueles que têm responsabilidades sobre o rebanho do Senhor.
A simplicidade e a discrição, foram marcas inconfundíveis na vida e na obra de Cristo Jesus; e falando sobre o jejum, ele instruiu seus seguidores dizendo: "Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, pois desfiguram o rosto para parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mateus 6:16-18.
Varias lições podemos tirar dessas palavas do Senhor: A expressão "Quando jejuares..." implica que a prática do jejum deveria ser uma constante na vida dos discípulos; ao jejuarem, os discípulos deveriam ser discretos diante dos homens, sem mudarem a forma externa de serem no dia a dia; pois, o jejum é para Deus e não para os homens; muito menos para demonstrar aos homens que jejuam; e, por último, Jesus disse que há uma recompensa da parte de Deus, o Pai, para aqueles que praticam o jejum dessa forma.
Tudo indica que, até à morte de Cristo Jesus, seus discípulos não jejuaram; fato é que os discípulos de João Batista e os fariseus, se vangloriando, arguiram o Senhor, o por que seus seguidores não jejuavam e eles sim. E Jesus lhes responde com uma parábola, explicando a eles que, o seu tempo com seus discípulos aqui na terra, foi como uma festa de casamento, onde ninguém jejua, mas come e bebe do banquete. E, é o que vemos no dia a dia de Jesus e seus discípulos, por muitas vezes vemos o Senhor os levando para ceias e banquetes, aos quais era convidado!
Ainda que a vida de Jesus era muito corrida, e as vezes não tinha tempo nem para comer!
Jesus foi morto, ressuscitou e subiu aos céus. Jesus diz que, quando ele fosse tirado dos discípulos, então eles jejuariam; e, isso aconteceu! Em manuscritos da época, consta que era prática dos discípulos do Senhor jejuarem duas vezes na semana.
Apesar de Jesus ter instruído seus seguidores a não demonstrarem tristeza ao jejuarem, mas, ao mesmo tempo na parábola ele disse que eles iriam se entristecer, com a retirada do noivo.
Por um lado, podemos jejuar em dias normais de trabalho, e não demonstrarmos que estamos jejuando; por outro, podemos jejuar em lugares isolados, longe dos olhar es dos homens; e, ali nos derramarmos em clamor e suplicas diante do Pai, em oração e intercessão!
Uma coisa é certa, por mais que discorramos sobre o jejum em estudos simples ou profundos; se não o praticarmos, de nada adiantará. Somente experimentaremos as recompensas do Pai, se o fizermos; é claro, de maneira, consciente, racional e sábia. Que ninguém chegue a ir ao hospital, porque jejuou! Cada um deve saber o seu limite, de quanto tempo pode jejuar: se meio dia, um dia ou mais.
Que Deus, nosso Pai fortaleça a todos, com seu amor, graça e poder!
Paz.
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